Veja quanto rende a poupança e se vale a pena investir

O rendimento da conta poupança é garantido — e isso atrai milhões de pessoas. Ainda assim, essa pode não ser a melhor aplicação financeira para você.

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Quanto rende hoje?

Os dados acima foram retirados do Banco Central do Brasil.

Os valores já estão considerando a remuneração adicional de 0,5%, acrescentada sempre que a taxa Selic está acima de 8,5%.

Atualmente, a taxa básica de juros, a Selic, está em 12,25%.

Quanto rende R$1000? Como é calculado?

O rendimento da poupança é regulado pelo Banco Central, que definiu o seu cálculo de duas formas diferentes:

1. Para depósitos feitos até 3 de maio de 2012

O valor terá um rendimento fixo de 0,5% ao mês + TR (Taxa Referencial).

2. Para depósitos feitos após 3 de maio de 2012

O cálculo muda, levando em consideração dois valores para entender o rendimento:

• Remuneração básica: dada pela TR (Taxa Referencial);
• Remuneração adicional: que varia de acordo com a Taxa Selic.
  • Se a Selic estiver acima de 8,5%, a remuneração adicional será de 0,5% ao mês;
  • Se a Selic for igual ou menor que 8,5%, a remuneração adicional será 70% da taxa Selic.

No mês de outubro a Taxa Referencial está em 0,1061%.

Somando, o rendimento total da poupança em outubro é de 0,6061% (Taxa Referencial + remuneração adicional).

Então, se você colocar R$1000,00 em sua conta poupança hoje, daqui há um mês este valor renderá R$6,06.

Em qual banco a poupança rende mais?

Todos os bancos têm a mesma remuneração.

Isso acontece porque as fórmulas de cálculo são sempre iguais, já que são regulamentadas pelo Banco Central.

Por isso, você pode escolher qualquer instituição financeira.

O rendimento da sua caderneta de poupança será igual ao das outras pessoas.

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Vale a pena?

Atualmente não vale a pena.

Com os investimentos se tornando cada vez mais acessíveis e seguros, a poupança está se tornando uma opção de investimento desvantajosa.

Até para quem está começando a investir e quer garantia de segurança na aplicação, é possível encontrar opções mais rentáveis, como o Tesouro Direto, que é garantido pelo Governo Federal.

Abaixo, veja algumas vantagens e desvantagens da poupança:

Além disso, o grande desafio de qualquer investimento é trazer rentabilidade real, ou seja, superar a inflação, coisa que o rendimento da poupança não faz desde 2018.

Segundo a provedora de informações financeiras Economática, em 2021, quem deixou seu dinheiro na poupança teve perda de 6,73% no valor real do seu dinheiro, pior taxa desde 1990.

Sendo assim, a poupança hoje é apenas um ponto inicial para quem quer guardar o seu dinheiro com alguma rentabilidade, enquanto pode estudar para entender outros investimentos.

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Quais outros investimentos são seguros?

A poupança não é uma das principais opções de investimento quando comparada a ativos de renda fixa, que podem ser tão seguros quanto ela.

Além disso, esses investimentos oferecem melhores rentabilidades. Confira alguns exemplos:

• Tesouro direto;
• CDBs;
• Contas remuneradas.

No entanto, antes de investir em qualquer um desses ativos, lembre-se de pesquisar bastante e começar com valores baixos.

Como abrir uma conta?

Os bancos solicitam alguns documentos para abrir a caderneta de poupança.

De forma geral, é necessário apresentar:

• RG;
• CPF;
• Comprovante de residência.

Na maioria dos bancos, não é preciso apresentar comprovante de renda.

Além disso, até mesmo quem tem o nome negativado pode abrir a conta.

Alguns bancos também permitem fazer a abertura pela internet, através do Internet Banking.

É importante lembrar que os rendimentos da poupança são idênticos entre todos os bancos.

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Para quem a poupança é indicada?

A caderneta de poupança pode servir como porta de entrada nos investimentos para pessoas que estão começando a poupar seu dinheiro e querem aplicá-los num lugar seguro.

Veja alguns perfis de investidor para quem a poupança seria indicada:

• Pessoas com perfil muito conservador, ou seja, que não querem perder dinheiro. Com essa modalidade, a chance de ter prejuízos é praticamente nula;
• Pessoas com vida financeira instável e que podem precisar do dinheiro para arcar com algum imprevisto, como tratamento de saúde, desemprego ou viagem inesperada.
• Pessoas que estão começando a organizar as finanças pessoais, criando o hábito de poupar e buscando alguma fonte de aplicação com rendimento.